segunda-feira, 29 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

AI COMO EU SOU BANDIDA!!!!


ANTES!
DEPOIS!


MEUS PARABÉNS A ESSE BELO CASAL E A TODO ELENCO DA ZORRA TOTAL QUE VEM LEVANDO A ALEGRIA A CRIANÇAS JOVENS E SENHORES DO BRASIL INTEIRO! CONTINUEM ASSIM A MISSÃO DE VOCÊS É MUITO BONITA

NOSSOS ANJOS DA GUARDA ! DISQUE 190 POLICIA MILITAR JUNDIAÍ CIDADE DO NOVO SÉCULO.

Temos apenas de agradecer ao POLICIAL SANTANA DA PM DE JUNDIAÍ quem vem nos apoiando cada vez mais junto com a escola estadual professor orozimbo sóstena


NOVA PÁGINA DOWNLOAD DE MÚSICAS INAUGURADA COM SUCESSO


VIVO INTERNET GARANTA JÁ A SUA.

sábado, 27 de agosto de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011

NOVELA!

Insensato coração uma novela que nós deixou muito a refletir só temos de lhes dar os parabéns a todos que participaram e aguardarmos com expectativa a nova novela das 21h10min FINA ESTAMPA! 

FOTOS DO ELENCO DE INSENSATO CORAÇÃO (ULTIMO CAPÍTULO EXIBIDO DIA 20/08/2011.




























segunda-feira, 15 de agosto de 2011

TREM BALA NO BRASIL?


Está em andamento um projeto para construir um trem de alta velocidade (TAV), popularmente conhecido como “trem-bala” entre Rio e Campinas, passando por São Paulo. É um trem de passageiros (sem possibilidade de uso para transporte de cargas, a não ser pequenas encomendas), com possíveis estações intermediárias em São José dos Campos, Aparecida do Norte, Resende, Volta Redonda e Barra Mansa. Os aeroportos de Viracopos (Campinas), Guarulhos (São Paulo) e Galeão (Rio de Janeiro) também seriam servidos por estações. A distância total a ser percorrida é de 511 km, sendo que o trecho principal (Rio – São Paulo) teria 412 km. O tempo mínimo de viagem entre Rio e São Paulo seria de 1 hora e 33 minutos, caso venha a ser possível atingir velocidade máxima de 300 km por hora e sem paradas. A viagem do Rio a Campinas, com paradas, levaria 2 horas e 27 minutos.
No atual estágio de desenvolvimento da infraestrutura no Brasil, este não parece ser um investimento que valha a pena. A razão é simples: ele vai consumir um volume elevado de recursos públicos (entre R$ 15 bilhões e R$ 36 bilhões)[1], fora o montante adicional a ser aportado por investidores privados (o custo total da obra está orçado oficialmente em R$ 34,6 bilhões, mas pode chegar facilmente aos R$ 50 bilhões, devido a subestimativas de custos no projeto de viabilidade).
Para que se tenha uma idéia de como o projeto é caro, a tabela abaixo compara o orçamento oficial do TAV com outras obras. Colocar entre R$ 15 bilhões e R$ 36 bilhões de dinheiro do Tesouro em um único projeto, significa gastar mais do que tudo o que foi investido em ferrovias entre 1999 e 2008. Trata-se, portanto, de um gasto de vulto que vai drenar dinheiro que poderia ser aplicado em outros investimentos públicos.
Custo total estimado para construção do TAV Rio de Janeiro – Campinas, para outros projetos de infraestrutura de grande vulto e despesa efetivamente realizada em infraestrutura ferroviária e aeroportuária
R$ bilhões
TAV 134,6
Usina Hidrelétrica de Belo Monte 219,0
Usina Hidrelétrica de Santo Antônio 38,8
Usina Hidrelétrica de Jirau 48,7
Ferrovia Norte-Sul 56,5
Ferrovia Transnordestina 65,4
Transposição do Rio São Francisco 74,5
Invest. público e privado em ferrovias de 1999 a 2008 816,6
Invest. público em aeroportos de 1999 a 2008 93,1
Sem dúvida que a idéia de viajar do Rio a São Paulo em um transporte moderno, sem correr o risco de aeroportos fechados ou congestionados, é atrativa. Porém, sempre que se pretende colocar dinheiro público em um empreendimento, a primeira pergunta a ser feita é: existe aplicação melhor para esse dinheiro? E no caso do TAV, parece haver muitos outros investimentos de retorno econômico e social mais elevados, que deveriam ser considerados prioritariamente.
O PROJETO NÃO É PRIORITÁRIO
O principal serviço a ser prestado pelo TAV é o transporte de pessoas de alta renda no eixo Rio – São Paulo – Campinas. Trata-se de um serviço que já é prestado (ainda que com alguns problemas) pela ponte aérea e pelas rodovias, sem necessidade de subsídio público. Em um país com grandes carências na área de infraestrutura, o TAV não passa de um bem de luxo.
Apenas para citar um exemplo, no Brasil apenas 59% dos domicílios particulares permanentes são atendidos por rede coletora de esgoto ou fossa séptica ligada à rede coletora e 84% são atendidos por rede geral de abastecimento de água; enquanto países do leste asiático e da OCDE já universalizaram esse atendimento.
O que será que geraria maior benefício à população brasileira: um transporte rápido entre Rio e São Paulo, ou um investimento maciço na direção da universalização do acesso á água e esgoto? Estudo coordenado pelo economista Marcelo Neri mostra que a disponibilidade de água filtrada e acesso à rede de esgoto diminuem em 24% a probabilidade de uma mulher ter algum filho nascido morto. Mostra também que as crianças pobres, do sexo masculino, entre 1 e 6 anos são as principais vítimas da falta de saneamento[2]. Estudo da Agência Nacional de Águas (ANA) indica que até 2015, 55% dos municípios brasileiros (3.059 cidades) poderão ter problemas com abastecimento de água. Com R$ 9,6 bilhões seria possível solucionar o problema nas 256 maiores cidades, que concentram quase a metade da população do país[3].
Ser desenvolvido é viabilizar transporte em trem-bala para a população de alta renda ou é garantir o abastecimento de água e reduzir a mortalidade infantil decorrente da falta de saneamento? Os países que se dão ao luxo de investir nesse trem ultrarápido há muito já resolveram suas carências básicas em infraestrutura.
Para colocar a comparação no campo da infraestrutura de transportes, podemos perguntar se não seria mais interessante investir no transporte público urbano, para reduzir os congestionamentos e aumentar a qualidade do serviço prestado à população (majoritariamente de baixa renda) que dele necessita nos deslocamentos cotidianos. Enquanto o estudo de viabilidade do TAV prevê a realização de 35 milhões de passageiros por ano, o metrô de São Paulo transporta 3,4 milhões de passageiros por dia, o que equivale a 1,24 bilhão de passageiros por ano. O impacto da ampliação da rede de metrô e sua integração com outros transportes públicos sobre a qualidade de vida e a produtividade dos grandes centros urbanos possivelmente seria muito superior ao impacto do TAV.
Não é preciso ser especialista em infraestrutura para saber que outras áreas também estão muito atrasadas no Brasil: estradas necessitam de recuperação e duplicação; há grande concentração de habitações em áreas de risco que precisam ser removidas; os aeroportos são acanhados e estão congestionados; os portos são ineficientes e insuficientes; há déficit na geração e distribuição de energia elétrica, há inúmeros projetos de ferrovias de carga por desenvolver e as já existentes necessitam de investimentos para aumentar sua produtividade.
O PROJETO CONFLITA COM A POLÍTICA MACROECONÔMICA
Mas o problema do TAV não está apenas no fato de não ser um investimento prioritário. Outro problema é que o projeto conflita com as diretrizes de política econômica do governo. Sabe-se que um dos principais problemas macroeconômicos do País é a valorização do real frente ao dólar, que encarece as exportações brasileiras e reduz a competitividade dos produtos nacionais no exterior. Para enfrentar essa dificuldade, nada melhor que investir na redução dos custos incorridos pelos exportadores (o famoso “Custo Brasil”). Na área de infraestrutura, a melhor maneira de fazê-lo parece ser por meio de investimentos no transporte ferroviário de carga e na modernização dos portos. Investir em transporte ferroviário de passageiros em nada ajuda nesse processo.
Outra forma de enfrentar a desvalorização do dólar é por meio de um ajuste fiscal, que reduza a despesa pública como proporção do PIB. Expandir a despesa pública com a construção do TAV não apenas vai contra essa necessidade, como também torna ainda mais restrita a disponibilidade de recursos para outros investimentos de maior prioridade.
O TESOURO ASSUME RISCO FINANCEIRO EXCESSIVO
Outro problema grave está no mecanismo financeiro criado para financiar o investimento. O risco é suportado inteiramente pelo Tesouro Nacional. Isso ocorre porque o BNDES concederá um investimento de R$ 20 bilhões ao consórcio escolhido para fazer a obra. O Tesouro será o garantidor do empréstimo: se o consórcio não pagar, o Tesouro paga ao BNDES. Para tanto, o Tesouro receberá contragarantias da parte do consórcio. Se tiver que honrar o empréstimo, o Tesouro acionará tais contragarantias para ser ressarcido. O problema é que tais contragarantias são muito frágeis. Ficou estabelecido que elas serão representadas pelas ações do consórcio e pela sua receita operacional. Ora, se o TAV enfrentar dificuldades financeiras, as ações vão valer pouco (ações de empresas com problemas se desvalorizam) e a receita operacional será baixa. Logo, as contragarantias não serão suficientes para ressarcir o Tesouro.
E mesmo que o Tesouro receba as ações do consórcio para se ressarcir, isso significará uma estatização do TAV. E o que o governo vai fazer: passar a operar o trem com uma empresa estatal, engordando a administração pública com uma atividade não-típica de governo, e com incentivos à ineficiência? A outra opção seria leiloar novamente a concessão, mas um novo concessionário fará grandes exigências financeiras para assumir o negócio, tendo em vista que as perspectivas de ganho já se mostraram restritas, a ponto de o primeiro concessionário não ter conseguido pagar a dívida do empreendimento.
Frente à ameaça de ter que estatizar o TAV, o resultado provável é que o governo fique refém do consórcio operador do trem, concedendo-lhe mais e mais subsídios fiscais e creditícios ao longo do tempo.
O ESTUDO DE VIABILIDADE É VAGO QUANTO AOS POSSÍVEIS BENEFÍCIOS
Há que se questionar, também, quais seriam os benefícios trazidos pelo TAV. Nesse ponto, o que chama atenção é a superficialidade dos estudos técnicos[4]. Não há qualquer análise oficial que detalhe ou quantifique os benefícios a serem gerados pelo TAV. São apresentadas apenas referências genéricas a potenciais ganhos. Muitos desses alegados benefícios poderão ser, na prática, reduzidos por efeitos colaterais não levados em conta pelo estudo de viabilidade, que deveria não só considerá-los, mas, também, quantificá-los na medida do possível.
O primeiro argumento é o de que a ligação Rio – São Paulo está saturada, e que é fundamental um novo modal de transportes de passageiros além do rodoviário e do aéreo. Mas o próprio estudo de viabilidade mostra que pelo menos 60% do tráfego estimado de passageiros será no eixo São Paulo – Campinas – São José dos Campos. O trecho Rio – São Paulo ficaria com apenas 18% das viagens. Ora, nesse caso, seria muito mais interessante pensar em um sistema de trens que ligasse, inicialmente, apenas as três cidades paulistas, deixando para uma segunda etapa a extensão até o Rio de Janeiro (que, diga-se de passagem, representa o trecho da obra com maiores desafios de engenharia, devido à necessidade de lidar com o declive da Serra das Araras). Já existe, no âmbito do Governo do Estado de São Paulo, projetos de ferrovias que atenderiam bastante bem, a custo muito menor, a demanda por transporte ferroviário de passageiros entre as cidades paulistas. A ligação Rio – São Paulo poderia ser atendida por meio de ampliação de aeroportos ou construção de novos aeroportos, que serviriam não apenas essa ligação, mas todos os demais destinos nacionais e internacionais.
Alega-se que o TAV irá reduzir o tráfego de automóveis e ônibus nas estradas, minimizando congestionamentos, elevando a segurança dos viajantes e gerando impacto ambiental positivo, pela substituição do consumo de combustíveis fósseis pela energia elétrica renovável a ser usada na propulsão dos trens.
Há que se considerar, porém, que a construção do TAV irá drenar significativos recursos financeiros e impedirá a realização de investimentos no transporte ferroviário de carga em todo o País. A consequência será a expansão do número de caminhões trafegando nas estradas de todo o país (que poderiam ser substituídos por trens de carga), queimando óleo diesel, aumentando o tráfego e os riscos de acidentes.
A respeito desse efeito, é interessante citar a comparação feita por O´Toole (2008, p.12-13) entre o transporte de cargas nos EUA (que não têm TAV) e a Europa (onde há ampla rede de TAV): “a ênfase da Europa no uso de trens para o transporte de passageiros teve profundo efeito na movimentação de cargas. Nos EUA, um pouco mais de um quarto das cargas são transportadas por estradas e mais de um terço por trens. Na Europa quase ¾ seguem pela estrada (…). A baixa capacidade de transporte de carga das ferrovias da Europa e do Japão indicam que um país ou região pode usar seu sistema ferroviário para passageiros ou carga, mas não para os dois.  Gastar US$ 100 bilhões por ano em transporte ferroviário de passageiros pode tirar uma pequena porcentagem de carros das estradas, mas uma possível consequência é um grande aumento no número de caminhões nas estradas” - tradução livre.
O’Toole (2008, p. 6 e 8) também contesta idéia de que o TAV é capaz de promover significativo desafogamento de rodovias. Afirma que, no caso do projeto em estudo na Flórida – EUA, “os planejadores estimaram que a linha de trem removeria apenas 2% dos carros de um segmento não-saturado da rodovia I-4, e parcelas ainda menores de outros segmentos(…)[Na Califórnia] o trem de alta velocidade tiraria, em média, 3,8% dos carros das rodovias paralelas às linhas férreas” – tradução livre.
O benefício ambiental decorrente da substituição da queima de combustíveis fósseis por energia elétrica renovável também pode vir a ser eliminado pelo impacto ambiental causado pela construção do TAV: uma grande quantidade de carbono será liberada durante o longo processo de construção, lembrando que o projeto brasileiro atravessará ampla área de mata atlântica e nascentes. O estudo de viabilidade deveria mostrar esses dados e fazer as devidas comparações. Mas simplesmente silencia a respeito.
Outro argumento apresentado pelos defensores do trem bala consiste no fato de que o investimento no TAV reduziria os investimentos necessários na reforma e ampliação de aeroportos. Tal idéia só se aplica aos aeroportos de Santos Dumont e Congonhas, que atualmente operam a ponte aérea, e aos do Galeão e de Guarulhos, que estão na rota do TAV. O outro aeroporto inserido no trajeto – Viracopos, Campinas – teria seu tráfego ampliado, ao se tornar uma opção atraente de acesso à cidade de São Paulo, exigindo mais investimentos. Além disso, a realização de grandes eventos esportivos nos próximos anos e o atraso histórico na capacidade e eficiência dos aeroportos brasileiros exigirão grandes investimentos em aeroportos, independentemente de se construir ou não o TAV.
Há, também, o argumento de que o TAV utilizaria faixa de terreno mais estreita que as rodovias, o que propiciaria economia em termos de uso do solo. Tal argumento parece ser válido apenas para os trechos não urbanos, pois as rodovias acabam na entrada da cidade e, a partir dali, utilizam-se as pistas já existentes. No caso do trem será preciso desapropriar solo urbano (em geral mais caro que o não urbano) para uso exclusivo da linha férrea, que entra na cidade para chegar até a estação. Há que se considerar, ainda, os custos gerados pelo seccionamento das cidades pela linha férrea. No caso do TAV, que não admite o cruzamento da linha por carros ou pedestres, e que fica isolado por altas grades e muretas, será preciso criar túneis, pontes ou trechos subterrâneos de modo a não bloquear a livre circulação da população no interior das cidades por onde passar.
E o que dizer do argumento de desenvolvimento regional? De fato o TAV tende a gerar prosperidade para as cidades que, incluídas em seu trajeto, são contempladas com estações. Ahlfeldt e Feddersen (2010) mostram evidências estatísticas de progresso econômico em cidades do interior da Alemanha que se tornaram mais acessíveis aos grandes centros de Colônia e Frankfurt. Mas esse benefício tem como contrapartida os custos impostos às cidades onde o trem passa, mas não pára: essas cidades sofrem os efeitos negativos (poluição sonora e visual, seccionamento do seu território, demolição de equipamentos públicos preexistentes, etc.), sem ter o benefício de serem servidas pelo trem. Ademais, o TAV irá circular sobre a região mais desenvolvida do País. Do ponto de vista de impacto regional, e lembrando que haverá gastos do governo federal para viabilizá-lo, o TAV representa, assim, uma transferência de renda das regiões mais pobres do País para o eixo Rio – São Paulo – Campinas.
Há, também, que se comparar os benefícios das cidades contempladas com estações aos custos pagos pelos contribuintes de todo o país, muitos dos quais jamais utilizarão o trem nem tampouco receberão benefícios indiretos gerados por esse equipamento.
A assertiva de que a construção do TAV permitirá a absorção de tecnologia pelo país suscita a seguinte dúvida: tal tecnologia tem aplicação em outras áreas da indústria ou se limita à construção de trens velozes? Se não tiver externalidades para outro segmento será inútil absorvê-la, pois não parece haver outros trechos com possível viabilidade para construção de TAV no país.
Alega-se que os trens de alta velocidade de outros países geram redução do tempo total de viagem em relação ao avião, pois não exigem gasto de tempo com check in, além de terem estações mais próximas aos centros das cidades que os aeroportos, que costumam se situar fora da área urbana. No caso brasileiro esse último argumento não se aplica, pois os aeroportos Santos Dumont e Congonhas, que servem a ponte aérea entre Rio e São Paulo, têm localização mais privilegiada que aquelas planejadas para as estações do TAV, fato que é reconhecido pelo estudo de viabilidade. Além disso, inovações tecnológicas, como o check-in prévio, via web, e o check-in eletrônico disponível no próprio aeroporto reduzem esse diferencial de tempo sem a necessidade de grandes investimentos.
Em suma, se o Governo pretende lançar dinheiro público em um projeto arriscado, que pode custar entre R$ 14 e R$ 36 bilhões ao contribuinte, é preciso muito mais do que simplesmente apresentar uma lista de possíveis benefícios. É essencial que se façam estudos aprofundados e detalhados desses alegados benefícios, para verificar se, de fato, eles se materializarão, com que intensidade, e quais os possíveis efeitos colaterais que reduzirão o ganho líquido estimado. Além disso, esses benefícios precisam ser superiores aos gerados por outros investimentos de infraestrutura.
Referências bibliográficas
Ahlfeldt e Feddersen (2010) From periphery to the core: economic adjustments to high speed rail. Disponível em http://www.ieb.ub.edu/aplicacio/fitxers/WS10Ahlfeldt.pdf
O’Toole, Randal (2008) High-speed rail: the wrong road for America. Policy Analysis, nº 625. CATO Institute. Disponível em http://www.cato.org/pubs/pas/pa-625.pdf
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Para ler mais sobre o tema:
Mendes, Marcos (2010) Trem de alta velocidade: caso típico de problema de gestão de investimentos.Centro de Estudos da Consultoria do Senado. Texto para Discussão nº 77. Disponível emhttp://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/NOVOS%20TEXTOS/Texto%2077%20-%20Marcos%20Mendes%20-%20TAV.pdf
Mendes, Marcos (2010) Trem de alta velocidade: novas informações para debater o projeto. Centro de Estudos da Consultoria do Senado. Texto para Discussão nº 82. Disponível emhttp://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_discussao/NOVOS%20TEXTOS/TD%2082%20-%20Marcos%20Mendes.pdf

VOCÊ SABIA?

VOCÊ SABIA QUE SEU FILHO PASSA DE ANO SEM SABER QUASE NADA GRAÇAS A PROGRESSÃO CONTINUADA???
A Progressão Continuada está alcançando seus objetivos? 

Chalita: A Progressão Continuada é muito importante em termos de ensino, mas enfrentou problemas na sua implantação.

Quando foi implantada na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, na gestão de Luiza Erundina, com Paulo Freire como secretário da Educação (depois substituído por Mário Sérgio Cortella), também enfrentou todos os problemas de algo que é novo, que quebra paradigmas.

Paradigma, por exemplo, de que se o aluno não for reprovado, não aprende.

É o mito da reprovação. Algo que faz mal, inclusive, a esse aluno pois se trata de uma tentativa de homogeneização do ensino.

Hoje, discute-se quais os caminhos que podem aperfeiçoar a Progressão Continuada. Podemos citar a capacitação de professores, um maior investimento em material paradidático, presença de psicopedagogo na escola, atuação mais intensificada na recuperação que deve acontecer paralelamente ao processo de aprendizagem, repensar o SARESP - que hoje estigmatiza a escola com cores e que contraria um pouco a proposta de uma educação heterogênea.

Na prática, o que pode ser feito para aperfeiçoar a Progressão Continuada? 

Devemos partir de algumas estratégias. Por exemplo, a capacitação de professores deve ser contínua e essa capacitação precisa trabalhar as condições de heterogeneidade das salas de aulas.

Deve levar o professor a repensar a forma de dar aula. A reavaliar seu trabalho com um aluno do século 21. Um aluno que é fruto da Internet, da televisão, de uma gama de informações, que não dá para o professor manter a mesma postura de tempos atrás.

Hoje, a escola precisa de uma abertura para a família. Se no início a Progressão Continuada fosse melhor explicada, certamente os pais teriam menos dificuldades de compreender seu significado.

O acompanhamento familiar, de ONGs e da comunidade dentro da escola auxiliam o professor a compreender o que é uma escola cidadã. Uma escola que não busca, sob o ponto de vista da avaliação, medir a capacidade de memorização do aluno, mas sim a de avaliar as habilidades desenvolvidas, como: compreensão de texto, leitura de mundo, produção de conhecimento. Uma escola que respeita a diversidade cultural do aluno e dos vários mundos que existem em São Paulo.

Dentro do conceito de Progressão Continuada, temos de levar em conta também o conceito de autonomia nas escolas. Não podemos imaginar que todas as escolas dêem o mesmo tipo de conteúdo num Estado como São Paulo, que tem 6,1 milhões de alunos.

A Deliberação do Conselho Estadual que propôs a Progressão Continuada defendia um amplo debate sobre o assunto. Debate que não ocorreu. Por que esse debate está sendo retomado agora no último ano do governo Alckmin? 

O governo não pode parar durante um ano, senão partimos do conceito que no primeiro ano não dá para fazer nada porque estamos conhecendo a máquina; no segundo, estamos aperfeiçoando isso; o terceiro é quase o último ano; e, no último ano, não se faz nada. Por isso, promovemos um fórum sobre Progressão Continuada para buscar algumas conclusões pontuais.

O que então fazer a partir desse momento?

Não vamos lamentar o tempo em que esse debate não pôde ocorrer. Por outro lado, talvez tenha sido interessante esse intervalo para uma maturidade maior das pessoas em relação ao tema, para que as questões pudessem evoluir.

Hoje falamos muito em paradigma, a palavra da moda, e isso é fundamental: é preciso quebrar paradigmas.

Criou-se um mito de que se não reprovar, o aluno não aprende.

Outro mito: o aluno da 1ª a 4ª série vai diariamente à escola e não aprende. Como aprová-lo? A premissa está errada. Se ele vai à escola todos os dias e não aprende, alguma coisa está errada e não é o aluno que vai ser penalizado. Concordar com o mecanismo de força do professor do tipo "Ou você faz o que estou mandando ou eu te reprovo", estamos afirmando que a educação não é sedutora, não é envolvente e não constrói habilidades.

Mas é preciso também ensinar o professor a fazer isso ou não?

Sim. Nós tivemos uma capacitação no Parque Hopi Hari, reunindo os dirigentes de ensino, os ATPs (Assistentes Técnico Pedagógicos), os supervisores das 89 Diretorias de Ensino de São Paulo. Foi uma experiência fantástica. Refletimos como é que se pode mudar esse trabalho dentro de uma sala de aula.

Promovemos também a primeira teleconferência com os 230 mil professores da rede sobre a vulnerabilidade do adolescente, um tema que preocupa todo o educador: "Como enfrentar um adolescente que é diferente a cada dia?"

Isso acompanha outros problemas: "Como tornar minha aula mais agradável para que a aprendizagem aconteça?"

Esse processo de capacitação via teleconferência deve ser realizada a cada duas ou três semanas.

Estamos fazendo uma pesquisa com os professores da Rede para sentir quais são os pontos mais complexos que precisam ser trabalhados em termos de capacitação, no que se refere, de forma geral, à postura do professor, à didática da sala de aula, à relação professor-aluno, aos problemas sociais, à escola cidadã.

Outro processo importante: elegemos a disciplina Português para ser trabalhada numa ampla capacitação com todos os professores da Rede, em uma parceria com a PUC.

Como não podemos capacitar todos os professores de todas as áreas, escolhemos algumas áreas que trabalham a questão educativa de forma transversal. Os professores serão capacitados presencialmente para trabalhar o conceito de leitura, interpretação e produção do conhecimento.

Todos os professores de Língua Portuguesa vão passar por esta capacitação? 

Todos, até o final do ano. Além disso, com a Unicamp, preparamos uma capacitação para o ensino religioso.

Queremos trabalhar no ensino religioso valores como o conceito de cidadania, de ética. Todos os 4.800 professores de ensino religioso vão passar por esta capacitação, presencial, nas 89 diretorias de ensino.

Além disso, temos o Circuito Gestão, que são pólos onde são capacitados os diretores de escolas, vice-diretores, professores coordenadores, cujo enfoque maior está sendo a Escola Aberta.

Não vamos transformar a escola num ativismo, com palestras diferentes todos os dias. Queremos que os pais tenham uma participação mais efetiva, de forma mais envolvente.

Se o pai ou a mãe são convocados na escola para levar bronca pela postura dos filhos, eles não vão mais. Mas se forem envolvidos num processo em que eles percebem que a participação é fundamental, a postura muda.

A escola não pode ter medo dessa abertura à sociedade, como os grêmios estudantis. Tenho visitado muitas escolas e nas que possuem grêmios percebe-se uma maior preocupação com a escola.

Nela, você está dividindo poder, dividindo responsabilidades. Este conceito de que o aluno pertence à escola e a escola pertence ao aluno é importante para que ele não destrua a escola. E isso é educação! Volto a insistir nesse tema. Educação não é só ensinar Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Biologia.

Não se pode desconsiderar a história do aluno.

Às vezes, o professor está ensinando como se o aluno não tivesse nenhuma informação e hoje o aluno tem muita. A gente vive numa época em que a informação é abundante. Agora, transformar a informação em conhecimento é outra história. Transformar a informação em aprendizagem significativa é o grande desafio do professor.

Quando se fala em Progressão Continuada, alguns educadores afirmam que o objetivo é manter o aluno na sala de aula. E que é necessário avaliar esse aluno. Mas primeiro não é preciso ver como estão ocorrendo as aulas para depois pensar na avaliação? 

Exatamente. Disso parte uma interrogação que precisamos ter: "O que eu espero de um aluno? Que tipo de habilidades esse aluno precisa desenvolver?" Essa, aliás, deve ser a reflexão de todo o professor em qualquer nível: "Esse tipo de conteúdo é fundamental para que o aluno desenvolva uma habilidade?"

Todos os alunos têm aula de inglês ao longo de sua trajetória escolar e sempre iniciam seus estudos com o verbo 'To be'. Mas, muitos terminam o Ensino Médio e não sabem nem o verbo 'To be'.

O processo de aprendizagem começou de forma incorreta. O que você espera de um aluno quando se estuda inglês? Ou história? Ou geografia?

Outro dia, na inauguração de uma quadra, notei uma menina com um bebê no colo. Eu perguntei: "Nossa, tão moça já tem um filho?" E ela respondeu: "É o quinto!" É uma menina que passou pela escola. Estudou corpo humano, ciências, mas isso não foi significativo porque o que foi ensinado não tinha nada a ver com a vida dela. Hoje, a educação não pode ser fechada a essas questões. Não podemos imaginar o professor falando sem parar, o aluno ouvindo, mas nada vai ser significativo por que ele não está atento.

O processo de avaliação dele não vai significar absolutamente nada. Esta questão é importante.

Aconteceram muitas capacitações relacionadas à Progressão Continuada. Muitas capacitações no Circuito Gestão, parcerias com a PUC, UNESP e a USP, na formação de sete mil professores. Tudo isso já estava acontecendo. Mas é preciso intensificar! Quando falamos sobre isso, não queremos colocar mais responsabilidades no professor, mas a solução está aí.

Se o aluno chega à 4ª série e não foi alfabetizado. Ele vai ter um acompanhamento mais individualizado? 

Isso não pode acontecer. Se acontecer, o que é uma exceção, ele faz mais um ano. Esse ano não é repetição da quarta série. É a retomada de todo o ciclo. Ficará mais um ano refazendo um módulo especial, que é uma "revisão" da 1ª a 4ª série. Não se fala em repetição. Ele vai ter um acompanhamento e, depois, uma nova avaliação.

Não podemos esquecer que o processo de avaliação na Progressão Continuada tem de ser diário. O professor deve acompanhar diariamente seu aluno e o processo de avaliação deve ser múltiplo. Eu não avalio o aluno só com uma prova escrita ou de múltipla escolha, prova oral, trabalho em grupo ou leitura de textos. Eu avalio todas essas coisas ao mesmo tempo.

Quando você tem uma múltipla possibilidade de avaliação, você tem uma múltipla possibilidade de análise das habilidades desse aluno. Que habilidades se espera do aluno?

Talvez não seja importante conhecer os nomes de todos os rios da antiga Iugoslávia. Se ele souber, tudo bem. Ou então, que ele saiba todas as fórmulas de trigonometria de cor. Ou a regência de verbos de cor, dependendo do ciclo em que ele está. Mas é importante que ele seja capaz de interpretar o mundo, de ler um texto e detectar elementos presentes nesse texto.

E o professor hoje não está capacitado para realizar esse tipo de avaliação? 

Eu não diria que não está capacitado. A rede é muito grande e encontramos professores extraordinários em locais onde a Progressão Continuada acontece de forma brilhante, com uma participação efetiva da comunidade.

Na época da Copa do Mundo, visitei várias escolas em que Copa foi um tema transversal. Eles trabalharam as culturas dos povos que estavam participando da Copa: roupa, religião, tradição. Isso é uma educação significativa.

Certa vez, cheguei numa cidade do interior e o prefeito havia sido assassinado. O professor havia preparado uma aula sobre o corpo humano, mas os alunos queriam falar da morte do prefeito. Então, esqueça aquela aula e fale de alguma coisa que é significativo para o aluno.

Aí a aula fica envolvente! Porque se o professor repete a mesma aula, corre o risco de perder a condição de ser referencial para os alunos. Esse é um problema na educação: quando o aluno deixa de admirar o professor.

Com a Progressão Continuada, o professor não está sobrecarregado, com muitas responsabilidades? Existe uma equipe de apoio ao professor? 

A escola conta com o professor coordenador e os ATPs. O psicopedagogo pode ser uma idéia. Percebi várias colocações referindo-se à dificuldade de aprendizagem. Seria interessante ter um acompanhamento psicopedagógico em cada diretoria de ensino ou em cada três escolas, por exemplo. É uma sugestão interessante.

Mas é claro que o professor tem muita responsabilidade, assim como o diretor da escola, que tem de abrir os portões das escolas.

Todo mundo tem responsabilidades, mas a única alternativa está na Educação. Se você espera um cidadão que respeite o trânsito, que não jogue papel no chão, que tenha uma postura elegante com as pessoas, que não seja agressivo, tudo isso também se aprende na escola.

A família, que é uma base educativa interessante, não está fazendo sua parte. E temos insistido para que ela participe mais porque, por melhor que seja a escola, nunca vai suprir a carência de uma família ausente.

Há outra questão que é a competência do professor na sala de aula. Espera-se pelo menos que ele tente dar uma aula mais agradável. Se o professor começa a refletir essas questões, já melhora sua forma de dar aula.

Quando terminamos a primeira teleconferência, percebemos uma resposta no mesmo dia. Eu sei que depois de duas semanas, esfria tudo de novo e eu tenho de fazer outra teleconferência.

Mas é importante o professor reconhecer a necessidade de uma relação melhor com o aluno e mudar sua prática.

Antigamente havia o mecanismo de reprovação. Hoje o mecanismo tem de ser o de alguém mais experiente que dialoga, que mostra ao aluno o que ele pode ser, tudo o que pode desenvolver. Isso desperta a curiosidade dos alunos. O que é difícil porque hoje os alunos detém uma enorme quantidade de informação.

Hoje uma criança assiste de três a quatro horas de televisão todos os dias, segundo afirmou Cortella. Ao entrar na 1ª série do Ensino Fundamental, essa criança já assistiu pelo menos cinco mil horas de televisão, mas na escola ela aprende que a "Pata Nada". É claro que não é instigante, não é envolvente. O tipo de abordagem está incorreto.

Antigamente o professor detinha a informação. Hoje não a detém mais, assim como não detém a socialização do processo de conhecimento e isso exige uma humildade do professor: "Eu não sou o dono da verdade. Estou aprendendo com vocês."

Também não falta empenho do professor? 

Eu diria que na maioria das escolas não falta empenho. Mesmo quando falamos daquelas em que há alunos que não conseguem escrever e que são casos pontuais - e se são pontuais dentro de 6,1 milhões de alunos significa que os professores são bons. Há escolas de excelência, mesmo!

Talvez tenhamos uma parcela de 15% da rede descompromissada com o processo educativo. Esse dado corresponde ao número de professores que faltam exageradamente. Acho que podemos melhorar isso.

Certamente não podemos generalizar e dizer que os professores são ruins, porque 85% estão tentando melhorar. Também não é fácil melhorar porque talvez eles não tenham recebido a formação de uma escola cidadã na faculdade, nem aprenderam a realizar um trabalho de ciclos. Hoje ele vai ter de mudar o tempo todo.

Em cada turma que começa, o professor tem de adotar uma outra prática e isso não é fácil. Mas muitos deles são entusiasmados com essas mudanças. Você oferece um novo curso e eles se inscrevem em tudo. Querem aprender, mudar a técnica. Uma parte, no entanto, de certa forma se acomodou e não acredita em nada. E dentro da menor parte, tem aquele que é do contra. Isso é muito ruim.

Como o professor pode comprar essa idéia? 

O professor precisa gostar de dar aula, gostar de trabalhar a heterogeneidade. Deve saber que cada aluno tem uma história e precisa respeitá-la. Entender o que é isso e que todo mundo pode aprender.

Isso envolve tempos diferentes de aprendizagem, habilidades diferentes, mas que todo mundo pode aprender.

Há pesquisas de professores afirmando que é grande o número de alunos com dificuldades de aprendizagem, principalmente nas escolas de periferia. O que está acontecendo? 

Se você tem uma sala de aula que a gente chama de inclusiva, há múltiplos problemas que acontecem conjuntamente.

O aluno pode ter dificuldade de enxergar o quadro negro, de ouvir a aula, ter problemas em casa. Mas aí entra o trabalho do professor. Ele tem que perceber o trabalho dos alunos o tempo todo.

A dificuldade de aprendizagem é um problema que a escola particular também tem. É comum os pais reclamarem que o filho está na oitava série e que não sabe escrever direito. Por quê? Porque o professor no mundo inteiro passa por uma revolução.

Ou ele reavalia sua forma de trabalhar com os alunos ou esse tipo de aprendizagem não vai significar nada.

Hoje, há advogados que não sabem escrever. Cursaram Ensino Fundamental, Médio, faculdade e não sabem escrever. Têm deficiências básicas e não havia Progressão Continuada naquele tempo.

O equívoco é falar que com a Progressão Continuada o aluno não está aprendendo. Não é verdade! Essa é uma oportunidade de melhorar a aprendizagem dele.

Antes, ele não aprendia e ia embora da escola, o que é muito pior sob o ponto de vista da construção da cidadania - porque é pior fora da escola do que dentro dela. Antes o objetivo era melhorar a presença do aluno na sala de aula, agora temos de melhorar a qualidade de ensino. 



AI FICA A DUVIDA ---> VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA A PROGRESSÃO CONTINUADA?

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domingo, 14 de agosto de 2011

ATV NOTÍCIAS-ADOÇÃO DE ANIMAIS!


Porque Adotar? - Por Claudia Porto

Saiba que antes de mais nada, adotar é um ato de amor. Todos os anos centenas de animais são jogados nas ruas, e, se não encontram um dono, morrem em menos de um ano, de doenças, atropelamento, ou vítimas da maldade humana.



Adotar um gato é ainda melhor do que comprá-lo. Fazendo isso, você contribuirá para diminuir o número de animais abandonados nas ruas. E estará dando um exemplo a seus filhos e amigos, incentivando-os a ver o animal como um ser vivo que merece carinho e respeito, e não como um objeto descartável de consumo.


Não há sensação melhor no mundo que a de ver um bichinho abandonado desabrochar depois de ser adotado por alguém de bom coração. É impressionante ver como os animais se transformam, passando de coisinhas tristes, desanimadas e doentes a bichos saudáveis, bonitos e travessos.


Eu não tenho absolutamente nada contra os animais provindos de gatis, mas pense que há muitos gatos que não terão a menor chance de encontrarem um lar tão feliz como a maioria dos gatos de raça certamente encontrará.


Não bastasse ser um gesto humanitário, a adoção ainda traz felicidade.


Nos últimos anos, foram feitas diversas pesquisas com donos de animais, somente para descobrir o que todos já sabiam na prática. Ter animais em casa traz felicidade.



Pessoas que têm animais são mais satisfeitas com a vida, e mais ajustadas. São menos propensas ao stress e expressam melhor seus sentimentos. Falam com seus animais quando deprimidos e confiam-lhes todos os segredos. Sua fidelidade e amor incondicionais ajudam a nos conhecer melhor. Conviver com os animais nos torna mais humanos.


Os animais são positivos às pessoas em todos os sentidos. Uma das pesquisas indica inclusive que donos de animais têm maior tendência a subir na profissão e ganhar mais. A felicidade também é lucrativa.
Os ganhos para a saúde também são significativos. O ato de acariciar um animal é relaxante e está provado que reduz o risco de problemas cardíacos. Além disso, ter animais levanta o astral e induz ao equilíbrio. Pessoas que têm animais ficam doentes menos vezes. Os animais influenciam até mesmo na cura de doenças que abalam não só o corpo, mas também o espírito. Ninguém sabia disso melhor do que Nise da Silveira, pioneira no Brasil no uso de animais de estimação para combater desequilíbrios mentais. Atualmente, no mundo todo cães, gatos, coelhos, cavalos, aves e até mesmo peixes são utilizados como auxiliares do tratamento de doentes e idosos em hospitais e instrumentos de terapia para portadores de deficiências.
Algumas pessoas se tornam tão ligadas a seus animais que não conseguem se separar deles nem mesmo quando viajam. Muitos hotéis já aceitam hóspedes de quatro patas. Nos Estados Unidos, há até mesmo um hotel para donos de gatos que viajam sozinhos. O hotel fica na cidadezinha de Robshaw, em Minnesota, e oferece aos hóspedes, entre outros serviços, a opção de passar a noite com um dos gatos da casa. A maioria das pessoas adora.
Para crianças, não há companhia melhor. Os animais de estimação se tornam amigos para toda a vida, trazendo lições valiosas e fundamentais sobre a vida, o respeito e os sentimentos, além de aumentar a independência e o senso de responsabilidade. Crianças tímidas podem tornar-se mais desembaraçadas com o apoio de um gato ou cãozinho. Crianças bagunceiras podem tornar-se mais responsáveis ao ter que enfrentar o desafio de cuidar de um animal. Crianças agressivas se transformam ao conviver com animais amorosos.
Uma tese da veterinária Hamelore Fichs, apresentada no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, comprovou que os animais de estimação podem exercer uma influência muito benéfica sobre as pessoas.Ela gravou dezenas de entrevistas com adultos ,esmiuçando as relações entre animais domésticos e seres humanos, e tirou algumas conclusões importantes.
Os animais fazem qualquer pessoa sentir-se útil e importante, pois dependem dela para sobreviver.
Oferecem companhia a toda hora e quase nunca exigem algo em troca. Podem ocupar o mesmo espaço afetivo de um parente ou amigo.
Simbolizam um dos poucos elos entre o homem moderno e a natureza.Fazem rir, fornecem as primeiras noções de reprodução e morte as crianças, funcionam como ótimos "confidentes"e , quando estão descansando, transmitem paz para quem os observa. Não é o bastante?


Os animais nos tornam pessoas melhores, mais tolerantes e sensíveis, mais apaixonadas e esperançosas. O amor pelos animais faz crescer em todos nós o entusiasmo pela vida.